TEATRO MEDIEVAL
O teólogo Leonardo Boff, que optou deixar o sacerdócio em 1992
após ter sofrido nos anos 1980 censura do Vaticano por suas críticas à
hierarquia, avalia que a figura carismática e atlética do papa "falava por
si mesmo", embora fosse contraditória. "Não precisava ter escrito as
100 mil páginas que ele escreveu em documentos", diz Boff.
O teólogo diz que o papa esvaziou o "aggiornamento", conceito usado pelo Concílio Vaticano II para se referir à necessidade de atualização da Igreja frente à modernidade. “Construiu uma igreja para dentro, prolongando o velho modelo medieval. Com muito rigor e ordem, reprimiu mais de 140 teólogos que foram silenciados e as conferências episcopais (conselhos dos bispos, como a CNBB) passaram por um processo de romanização”, diz Boff.
"Foi um grande ator, que ensaiou sua própria apresentação no mundo e que teve algo positivo nisso: mostrar no mundo privatizado que o fator religioso existe e pode mover milhões. As manifestações eram shows, mas o conteúdo era fraco", diz. Boff avalia que até mesmo o diálogo com outras religiões foram apenas diplomáticos, embora pioneiros. “São gestos pastorais, se perguntarmos qual a teologia, aparece o documento onde se apresenta uma doutrina absolutamente retrógrada, que sustenta que fora da Igreja não há salvação”, diz.
O teólogo diz que o papa esvaziou o "aggiornamento", conceito usado pelo Concílio Vaticano II para se referir à necessidade de atualização da Igreja frente à modernidade. “Construiu uma igreja para dentro, prolongando o velho modelo medieval. Com muito rigor e ordem, reprimiu mais de 140 teólogos que foram silenciados e as conferências episcopais (conselhos dos bispos, como a CNBB) passaram por um processo de romanização”, diz Boff.
"Foi um grande ator, que ensaiou sua própria apresentação no mundo e que teve algo positivo nisso: mostrar no mundo privatizado que o fator religioso existe e pode mover milhões. As manifestações eram shows, mas o conteúdo era fraco", diz. Boff avalia que até mesmo o diálogo com outras religiões foram apenas diplomáticos, embora pioneiros. “São gestos pastorais, se perguntarmos qual a teologia, aparece o documento onde se apresenta uma doutrina absolutamente retrógrada, que sustenta que fora da Igreja não há salvação”, diz.
Textos: Leonardo Boff - Agências de Notícias
Títulos: Jenipaponews
Caricaturas: João de Deus Netto
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