(clique e amplie)
O Ministério Público Federal
em São Paulo denunciou o bispo Edir Macedo Bezerra, chefe religioso da Igreja
Universal do Reino de Deus (IURD), por montar, com mais três dirigentes da
igreja uma quadrilha para lavar dinheiro da instituição. Os valores seriam
remetidos ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de
câmbio paulista entre os anos de 1999 e 2005.
A
denúncia demonstra que a IURD só declara ao Fisco parte do que arrecada junto
aos fiéis, apesar de a Igreja ter imunidade tributária ¿ benefício concedido no
art. 150 que prevê imunidade do patrimônio, da renda e dos serviços dos templos
de qualquer culto. Somente entre 2003 e 2006, a Universal declarou ter recebido
pouco mais de R$ 5 bilhões em doações, mas, segundo testemunhas, esse valor
pode ser bem maior.
Também
são acusados o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo
Roberto Gomes da Conceição, e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa.
Segundo
a denúncia, o dinheiro era obtido por meio de estelionato contra fiéis da IURD,
através do "oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro
espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem
economicamente pela Igreja".
Os
quatro também são acusados do crime de falsidade ideológica por terem inserido
nos contratos sociais de empresas do grupo da IURD composições societárias
diferentes das verdadeiras. O objetivo da prática seria ocultar a real
proprietária de diversos empreendimentos, a IURD.
Apesar
de os fatos denunciados remontarem ao período entre 1999 e 2005, a denúncia
cita outras suspeitas de montagem do esquema milionário de envio de dinheiro
para o exterior e a criação de empresas de fachada, cujos recursos foram
empregados na aquisição de empresas de comunicação.
o
advogado Antonio Sérgio Moraes Pitombo, que defende a Igreja Universal do Reino de Deus, disse que as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal são alegações antigas. No dia 1º de
setembro o bispo Edir Macedo,
o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes
da Conceição e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa foram
denunciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo MPF
baseado em um processo do MP de São Paulo.
Para o
advogado, essa denúncia tem “efeito midiático”. “Essas denúncias que vêm assim,
com publicidade, são para efeito midiático. Essa é uma ação que é repetição de
uma que já foi discutida no Tribunal de Justiça de São Paulo. É um assunto
velho sendo requentado”.
Fonte:
Portal Terra
Caricatura: João de Deus Netto - JenipapoNews
Nenhum comentário:
Postar um comentário