(clique e amplie)
Escute só do que este moço andou se queixando para seus
dois ou três admiradores no camarim do já moribundo SBesTeira:
“Meu sonho com delírio retumbante seria ser um Boris Casoy, um Alexandre
Garcia, um Ali Kamel (do Jornal Nacional), uma Miriam Leitão (sem chute!), uma
Eliane Catanhede (mais cheirosa ainda!), uma Lúcia Hipólito (mesmo bêbada!), um
Diogo Mainardi (mas não fugiria do país!), um Reinaldo Azevedo, com legítimo chapéu Panamá, não desses que vêm da Paraíba, onde nasci por acaso, antes de me tornar paulista; um Arnaldo
Jabor com aquelas frases e palavras arrombantes, mesmos sem efeitos...
Mas, infelizmente, sou muito pé de chinelo pra isso, e
minha ínfima participação no jornal do SBT - que ninguém ver! -, me ferra mais
ainda! Vou continuar tentando ser
escritor...
Meu nome é José Meunome Pinto, mas podem me chamar de ...
Escritor e poeta”.
PS. Tem uns petistazinhos lulistinhas de merda por
aí, que me chamam de hiena porque rio até de câncer nos outros, mas faço também
poesias como esta oferecida ao maior Estadista da História de Minas Gerais,
Aécio Never...
Espero que se deliciem-se, é de fazer o “drummond” (de Andrade) e a “cecília” (Meireles)se
remexerem no “pau de arara”... Ôps! Foi mal... rs rs!
Ode ao pó
Açúcar é assim:
brilho vermelho na melancia,
mancha verde na uva-itália
e na maçã verde,
mas todo branco quando só
e branco inteiro enquanto pó
(força de fortes
droga de débeis).
Gelado e molenga
no sorvete de açaí;
a cara-metade do caramelo,
embebido em compressas,
tostado em fogo lento.
Há açúcar na polpa
e açúcar na papa.
Há açúcar do engenho,
de forno e fornalha.
Açúcar é assado:
o suor do camponês pulverizado,
sacos de cristal na prateleira,
valendo ouro no mercado,
virando merda no organismo,
bela merda,
doce merda,
...merda...
o suor do camponês pulverizado,
sacos de cristal na prateleira,
valendo ouro no mercado,
virando merda no organismo,
bela merda,
doce merda,
...merda...
Açúcar é assombro:
à sombra do Hades,
as águas do Ganges;
panacéia do avesso
e dor das paixões
e cor das paixões
se esparramando, líquida,
na esclerose de minhas veias,
minhas veias velhas.
Veneno e garapa,
a mó, o mel, o mal,
a morte feito gosto
invade meu sonho,
me habita o pesadelo
num aviso de sol morno:
o passo lerdo,
o pinto casto,
o cuco morto.
E dá sinais de olho posto:
a vida breve,
a arte curta,
o gole brusco,
a cinza fria,
um dó de peito
e o pó sem fundo,
ao qual haveremos
de tornar
- todos.
à sombra do Hades,
as águas do Ganges;
panacéia do avesso
e dor das paixões
e cor das paixões
se esparramando, líquida,
na esclerose de minhas veias,
minhas veias velhas.
Veneno e garapa,
a mó, o mel, o mal,
a morte feito gosto
invade meu sonho,
me habita o pesadelo
num aviso de sol morno:
o passo lerdo,
o pinto casto,
o cuco morto.
E dá sinais de olho posto:
a vida breve,
a arte curta,
o gole brusco,
a cinza fria,
um dó de peito
e o pó sem fundo,
ao qual haveremos
de tornar
- todos.
São Paulo,
manhã de 18 de novembro de 2000
José Nêumanne Pinto
José Nêumanne Pinto
AQUI TEM
MAIS “POESIAS” DO PINTO: http://www.revista.agulha.nom.br/jneumanne.html#odeaopo
http://www.youtube.com/watch?v=giht0ht6Ga8
Caricatura: João de Deus Netto
Texto inspirado numa charge do Bessinha do Conversa Afiada.
3 comentários:
Cara isso aí consegue ser mais asqueroso do que o cara faz como jornalista.
Sério? Esta hiena que escreveu isso?
Não seria pedir muito do time apaixonado pela zelite?
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