Kim Jong-un, o novo homem-forte da
Coréia do Norte, é apaixonado pelo Chicago Bulls desde os tempos de Michael
Jordan e tem um fascínio pela Disneyworld.
Chegou a viajar clandestinamente para
Disney do Tóquio em maio de 1991, na companhia de um irmão mais velho, Kim
Jong-chol.
O caçulinha, hoje sucessor do pai Kim
Jong-il, tinha 20 anos, fazia-se passar pelo coreano-brasileiro Joseph Pak e,
segundo o jornal japonês Yomiuri Shimbun, portava passaporte da República
Federativa do Brasil.
A Coréia do Norte não tinha – e ainda
não tem – relações diplomáticas com o Japão. Daí o passaporte fajuto.
(Sempre me disseram que passaportes
brasileiros, aqueles verdes, antigos, tinham alto valor no mercado negro porque
podia ser facilmente falsificados, Eu achava que era lenda)
O irmão mais velho do novo
manda-chuva, Kim Jong-nam (desculpem, os nomes são parecidos, aquilo lá é uma
dinastia), quis imitar os dois irmãos e também desembarcou em Tóquio, em 2001,
com identifidade falsa. Foi preso e despachado de volta. Com medo de incorrer
na ira paterna por causa de sua idiotice, o primogênio preferiu se exilar na
China e hoje, parece, se esconde em Macau.
É curioso perceber como o Mickey, a
Minnie, a Branca de Neve e, claro, o Pateta são capazes de tocar os duros
corações de filhos de ditador.
O que não consigo entender é porque
os países que têm uma Disneyworld em seu território, em vez de barrar os irmãos
Kim Jong, não trataram de acolhê-los de braços abertos e tapete vermelho.
Teria sido um jeito inteligente de
começar a estabelecer uma política de boa vizinhança.
Um sujeito capaz de se enternecer
quando assiste no cinema a morte da mãe do Bambi não pode ser de todo uma má
pessoa.
Nirlando Beirão é Jornalista e escritor e colunista do Jornal da Record News e do Site R7
Caricatura e montagem: João de Deus Netto - Jenipaponews
Caricatura e montagem: João de Deus Netto - Jenipaponews
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